dia b e c

Dias de coisas erradas, eu não quero pensar, senão acabo não fazendo, tudo que está acontecendo, essa pressão psicológica tá me matando, eu preciso parar, escolher, oito ou oitenta, e acho que já escolhi, talvez a opção mais irracional, mas chega de pensar, pensar vai me levar a loucura, quero só fazer, preciso quebrar a cara, sentir na pele pra depois ter como optar, como eu vou saber se eu só conheço um dos lados?

Um dia de praia, fazia tempo que eu não ia, preciso ir pra mudar de sintonia. Marina, eu e um alemão muito louco, que estuda português mas fala muito mal, a comunicação estava difícil, porém ele preenchia a falta de vocabulário tocando violão, o que compensa mais que as palavras. O céu estava divino: pôr-do-sol, lua, mar e música, cena de filme. Me distraí nas cores. Tão bonito que dá vontade de berrar, berrar muito, não berrei, não do jeito que eu queria, só corri pelo dia escurecendo. No fim estava me sentindo suja, mas um bom banho resolveria, pois a culpa já nem sinto mais, no fundo eu sei que estou errada, mas dane-se.