quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Estive revendo alguns dias no meu catálogo de memórias, noites em claro com uma amiga por perto fazem isso com a gente. Revi dias muito importantes para história desse ser que vos fala, é incrível como um detalhe pode mudar todo o rumo de uma história, hoje, por exemplo, se hoje não tivesse existido, não o dia em si, mas o que aconteceu nele, quem sabe eu não estaria com essa dor de cabeça, estaria com a minha felicidade intacta e com meu coração no lugar, e quem sabe também se aquele dia onde era quase woodstock, se uma pessoa específica (prefiro não citar nomes) tivesse aparecido ou se eu tivesse ouvido o que minha consciência berrava "não faz isso!", talvez hoje pudesse ser um dia bom. Mas não é bem assim que funciona, tudo que aconteceu de meses pra cá resultou num dia ruim, pra dizer o mínimo. Um dia de fim, e quando se está no fim a gente lembra do começo e dá aquela melancolia, lembra de detalhes, de como eram os pensamentos antes, dá vontade de duas coisas: de nunca ter vivido nada para não ter que sentir falta ou de viver tudo de novo e matar a saudade dos bons tempos que agora parecem tão distantes. Agora eu optaria pela segunda opção. Eu recebi um buquê em um desses dias importantes, ouvi promessas e frases que agora também já não fazem mais sentido, se tornaram inválidas, não sei porque me dei ao trabalho de acreditar nelas, na verdade eu sei, era porque eu queria acreditar que elas durariam e que eu realmente era a mulher da sua vida. O buquê de rosas foi morrendo, quando eu o olhava pensava que a relação estava morrendo junto com ele, mas logo afastava esse pensamento tolo, mal sabia o quanto eu estava certa. Não é como se eu não soubesse que não ia dar certo, no fundo eu sabia, mas não tinha coragem o suficiente para cortar o mal pela raiz, ele fez o que eu não tive coragem. Preciso aceitar, já aceitei, já ouvi que vai passar, que é melhor assim, que não serve pra mim, ouvi de todos, até de mim, ouvi de todas as formas. Quem sabe um dia, quando ele virar um homem, nós retomemos de onde paramos, pois eu realmente acredito em destino, mas se não for pra ser pelo menos serviu pra aprender bastante e lembrar que ele faz parte da fase mais bonita da minha vida, agora vou pôr uma pedra em cima de tudo e guardar as boas lembranças na minha gaveta mental. É o melhor a ser feito. O melhor.

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