domingo, 19 de dezembro de 2010

E todas as músicas passaram a fazer sentido. Em cada texto bobo via um encaixe para minha situação. Nas imagens reproduzi um filme que inventei. Um seriado tolo onde mil mau entendidos ocorrem, mas no fim tudo dá certo. Mas o final feliz nunca chega, bom sinal por um lado, sinal de que ainda há o que vir pela rota que se estende a minha frente. Ainda há vida. É um alfabeto repetitivo com um acento agudo aqui e ali. Não é ponto final, é vírgula. Reticências, continuação... E boom! Explode num ponto de exclamação. As noites se tornaram mais longas ao passo que não conseguíamos calar a boca entretidas em um único assunto que realmente nos interessa. Falamos tanto, mas não falamos de nada que fosse resolver algo. Só nos afundamos ainda mais na angústia que é sentir. Que é perder a segurança e se tornar um ser vulnerável a qualquer mudança. Seja mudança de atitude ou até de paranóia. Essa sim oscila, ora é um ovo outra uma ova. Meu fio de sanidade está cada vez mais fino, na ferida espero a volta das células, mas não sei até quando vão se regenerar, espero que meu caso não seja irreversível, afinal ainda quero abrir o coração para outras opções.
Mentira, não quero. Não quero mesmo, porém é só uma doença no músculo localizado no meu tórax. Um dia ele vai se curar. Só preciso tomar o remédio, que...ah, dane-se, me entupa com o esse veneno logo!

Um comentário:

  1. Nao precisa odiar a doença. As vezes ela serve de lembrete de que ha na vida muito caminho pela frente e que o passaro ferido sempre pode voltar a voar. Espero que sares logo, menina.

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