domingo, 9 de janeiro de 2011

Insuficiente amor.
Devia ser o bastante, mas não o é.
Pratica-se amoísmo. Amor e egoísmo.
Ego. Amor ao que se pode conseguir, amor a si mesmo. E quando o ser humano se depara com o sentimento que tem de ser compartilhado, aí então começa a dor. A dor de não saber o que fazer com a generosidade que o amor te exige. Você tem que dar, sem pestanejar. Doar de si um pouco de tudo. E o ser humano é orgulhoso, lhe é enfiado na cabeça que o "eu" é importante. E que se danem os outros. Mas um dia esse sentimento te alcança e então você tem de escolher: ou continua com essa paixão enlouquecida por você mesmo, ou você dá o braço a torcer e se rende.
O grande X da questão.
Porque é sofrido. Você tem que despir seu peito de qualquer retalho que possa despistar alguém.
Você se abre arriscando um coração e uma alma, tudo só para ter a chance de enxergar um horizonte.
Você tem que estar disposto. Estar disponível.
Tem de aceitar que nada é seu. Nada te possui.
Aprende a sentir no âmago a ânsia de compartilhar.
Mais parece espírito natalino, porém não o é.
É a recompensa por vencer os monstros que existem em você.
Não é fácil. Quase inalcançável.
Muitos morrem sem a recompensa.
Um triste fim para quem lutou, mas procurava por um equívoco.
E se eu não me tocar a tempo?
Sinto muito lhe dizer, mas nada de amor para você, senhor Egoísta.

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