sexta-feira, 1 de abril de 2011

Te puxei pra perto.
- Quero tentar uma coisa. - Você veio seco, fui obrigada a rir. A fumaça que havia em um espaço breve entre duas bocas foi sugada com fins de elevação de corpo e mente. Mais corpo, na verdade. Fiz de tudo para evitar, mas eu sabia, você sabia que era por pouco tempo. Quando vi lá estávamos nós outra vez, prolongando mais um pouquinho toda essa confusão. Altos e baixos, onde os altos valem por todo o resto. Ao redor, o ar estava pesado, mas em nós não, a nossa bolha estava leve, livre e solta. Até eu começar a me pré-ocupar. Aí então pesei, uma densidade de coisas que me levaram para baixo, para o chão. Senti um coágulo na garganta que queria explodir, querias saber o que estava pensando, mas não tive coragem de dizer, ao mesmo tempo em que, fortes, sentia teus braços me segurando como se fosse algo importante. Foi suficiente para esquecer de antecipar qualquer sofrimento. Queria era estar ali e não além. Então me deixei esvaziar do que não tenho controle e me preenchi com as sensações que só o presente é capaz de oferecer. Rias baixinho e me beijava a testa. O tempo era contado nos ponteiros, que se moviam loucamente a fim de nos atrapalhar. Tudo bem, tempo, espaço, momento, nada favorecia, mas a dúvida ainda paira sobre a minha cabeça. espero que ainda possa ouvir a resposta da tua boca. Mas estou leve de novo, sem preocupações, na maior tranqüilidade, pensando, re-pensando e te vendo em mim na maioria das vezes.

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