quarta-feira, 22 de junho de 2011

Momentos na escuridão me dão a impressão de um dia vazio. Os olhos espiam o mundo por uma tela que reflete a luz em meus poros. Ao lado vejo as cinzas do incenso esparramadas pela escrivaninha. E tudo que eu posso pensar é "vai mudar?". Porque tem que mudar, algo em mim, algo em volta, não sei, mas preciso da sensação de movimento, agora só sinto que estou esbanjando um tempo que nem sei se tenho. O dia-a-dia mata, absorve a pessoa. O tempo passa voando e eu só sei me sentir cansada. Mas no fim, depois de tanto andar pra lá e pra cá, não há nada concluído, ainda está tudo por fazer, meia boca.
"Sossega o facho menina!", digo para mim mesma. Tenho que parar de esperar tanto, esperar que mares e santos se movam em prol da minha causa. Tá certo que o destino às vezes ajuda, mas não posso viver tentando adivinhar como ele vai agir. Acaba com os nervos sabia? Muita tensão acumulada. Tá pesado demais, é pra ser leve e para serem livres os caminhos que lá ao longe ou hoje, aqui perto, vão me alcançar.
Agora tenho um misto de nostalgia e pré-ocupações que não me deixam estar inteira no presente. É este meu apego por lembranças, pois o passado é o único que tenho algum controle.
A minha cama parece fria e grande demais, nessas horas o eu queria ser nós, mas não restou nada para te procurar, então deixo assim, nem me estresso, tô me ensinando a não me dar a esse trabalho, pois afinal, o sentimento não seria recíproco.
Algumas ideias boas, uns planos surgem, e cada vez sei menos onde vou estar, mas sei como quero estar: sem esse peso todo nas costas.




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