segunda-feira, 28 de novembro de 2011

À procura da palavra perfeita.

Raramente leio jornais.
Uso relógio de pulso.
Trago um coração meio cheio.
Não sei tocar violão.
Minhas unhas nunca foram grandes.
Meu amores também não.
Faz tempo que não leio um livro inteiro.
Minha família não é nada fácil.
Já morei sozinha e tive um cachorro, que, por sinal, nem era meu.
Voltei por necessidade.
Fui quase expulsa três vezes de casa,
mas não me importo pois o meu lar não é de concreto.
Admiro gaita.
Como frango.
Não nasci pra ser Amélia.
Como frutas.
Não vejo novela.
Terminei o Ensino Médio.
Desisti do curso pré-vestibular.
Me iludo feito criança.
A vida tem me dado na cara.
Isso se chama crescer né.
Não confio.
Não sou de ter amiga mulher.
Sei ser menininha.
Quesito de marido: ser cozinheiro.
Vou andar de balão.
Não tenho tatuagem.
O preço da liberdade é ser sozinho de seres humanos,
mas lotado do resto.
Tenho medo da velhice.
Tenho pânico de répteis em geral.
Amo o mar.
Amo poder ver o mar quando quero.
Sentir seu cheiro de sal.
Vestido, saia, short. Tudo, menos calça.
Azuis são de tirar o fôlego.
Falo pouco de mim por dentro. Por isso escrevo.
Tenho mil amores platônicos. Assim os mantenho perfeitos.
Amizade colorida só dá certo até você começar a se importar.
Me descobri bastante ciumenta por sinal.
Gaguejo às vezes.
Oratória não é meu forte.
Sou de Leão.
Nasci prematura.
Tenho um sinal que parece o mapa dos EUA.
Sou cheia de sinais. Meu DNA.
Sei maquiar.
Me sujo toda comendo.
Não sei dirigir.
Nunca fiz um monte de coisa que todo mundo já fez.
Sou eclética musicalmente, pois música não é boa pelo rótulo.
Gosto de ouvir histórias.
Um dia, quando tiver oportunidade, quero me afastar o máximo do sistema capitalista.
Mas por enquanto ainda preciso de dinheiro.
Ainda pretendo ir pra Goiás.
Gosto de calor.
Gosto um pouquinho de frio.
Odeio chuva.
Gosto de céu.
Todo azul de preferência.
Mas o céu seria o mesmo todos os dias se não fossem as nuvens.
Então pode chover.
Fotografia é a minha profissão de alma. Mas tenho muito o que aprender.
Canto é meu hobby. Meu xodó do chuveiro.
Entendo de música.
Não entendo de onda.
Adoro trilhas e fumaça.
Não consigo gastar um isqueiro inteiro, sempre perco antes.
Sinto larica.
Temo bombas e cadeira elétrica.
Nada é verdade ou mentira no que se diz em relação a origem do universo.
Não duvido de Deus, de Jah ou de Buda.
Não duvido de duendes.
Mas sei que há algo mais forte que nós que guia e encaixa nossos caminhos.
Creio que o mundo está muito perto de entrar em colapso e só vai sobreviver quem não depender do sistema.
Mas não sofro por antecipação. Vou seguindo, tropeçando pra ver se aprendo. E vou terminando por aqui sem ter dito metade do que eu pretendia. Escrever é falar, falar e não concluir.







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