domingo, 19 de agosto de 2012

       O corpo resolveu levantar quando no relógio já batia duas da tarde. no travesseiro ao lado não havia ninguém, um sábado realmente estranho, o primeiro afinal.
       Algum tempo atrás - nem tão atrás assim - nossos sábados eram melhor empregados. No último que passou foi também o último em que te vi. Tão amedrontado, via o medo nos teus olhos de menino. Qual a loucura que teus olhos escondem? Eu fui a causa ou a gota d'água? Perguntas que não tem como serem respondidas, não agora. Também não há nada que se possa fazer a não ser esperar, enquanto isso a cabeça vira uma tortura, pensando nos erros, pesando os efeitos. Hora querendo os defeitos de volta e a cama preenchida também, as discussões e os banhos demorados. Hora querendo abrir a cabeça e te tirar de lá, sem dó, depois esperar a cicatrização.
       Nesse redemoinho de sensações encontra-se a minha perdição. Mente confusa, reorganizando as ideias que nem sei se já foram um dia organizadas. E minha maior certeza agora é a falta que você faz,  mas aos poucos, vai sendo preenchida com outros sentimentos.

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