sábado, 11 de fevereiro de 2012

Um filme e os olhos semicerrados querendo adormecer, cenas sem cor e sem ordem passam por trás da retina. Um chamado, realidade ou sonho? Vida real sem nem acordar direito e já entrar em outra dimensão. As bolas de sinuca se distorcem perante seus jogadores que nem de boteco são. Um gole com gelo, um pedaço que custa dinheiro e leva mentes a loucura, pré-anúncio da festa da carne. A partir de agora só se verá bebidas e camisinhas usadas. Não demonstrar o quanto as ideias estão dispersas e o quanto as pernas tendem em não andar em linha reta. Jovens aos berros nas ruas chutando postes e gritando a sua lisergia. Meninas inocentes que da vida ainda não sabem metade. As pernas teimam e por fim conseguem fazer cair, não uma, mas algumas vezes trazendo mais cicatrizes e dores no joelho. No escuro faltou o verde, e é no escuro que surge a curiosidade e então a possibilidade há pouco nem levada em conta. Um coelho e seus quatro pés da sorte. Um outro filme e os olhos agora não queriam dormir. No relógio quase seis e o doce das crianças tinha sido roubado. A noite indo embora cheia de manha e um ser tinha fugido, logo souberam do seu paradeiro: na rua, dura e branca feito um boneco de cera, provavelmente envenenada. Angustiado ficou o coração ao, pela primeira vez, vê-lo chorar. Vontade de pegar no colo e cuidar. Só um beijo na testa e a promessa de volta. Dia lindo com um pano de fundo mórbido demais.

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